A filogênese, ou filogenia, é um conceito fascinante que nos permite explorar as histórias evolutivas das espécies, traçando suas linhagens desde os ancestrais mais remotos até os organismos atuais. Este campo da biologia evolutiva, baseia-se nos princípios da teoria da evolução de Darwin para estabelecer hipóteses sobre as relações genealógicas entre as espécies.
Através da filogenia, os cientistas podem reconstruir árvores genealógicas, conhecidas como cladogramas, que representam visualmente as relações evolutivas entre os seres vivos. Estes diagramas são compostos por raízes, ramos, nós e terminais, cada um representando diferentes aspectos da história evolutiva. A raiz simboliza um grupo ou espécie ancestral comum, enquanto os nós indicam eventos cladogenéticos, pontos onde ocorre a divergência entre as linhagens.
O estudo da filogênese é crucial para compreender como os organismos se desenvolveram e se diversificaram ao longo de milhões de anos. Utilizando dados morfológicos, comportamentais, moleculares e, mais recentemente, genéticos, os biólogos podem sugerir hipóteses sobre a possível relação de parentesco entre os diversos grupos de seres vivos. Por exemplo, análises filogenéticas revelaram que aves e répteis compartilham um ancestral comum mais recente do que o ancestral comum entre mamíferos e répteis, desafiando percepções anteriores sobre as relações entre esses grupos.
A Filogênese dos Seres Vivos
Quais foram os ancestrais dos répteis (lagartos, cobras) que vivem na Terra atual?
Essas e outras perguntas relativas à origem dos grandes grupos de seres vivos eram difíceis de serem respondidas até surgir, em 1859, a
Teoria da evolução Biológica por Seleção Natural, proposta por Charles Darwin e Alfred Russel Wallace. Com a compreensão de "como" a evolução biológica ocorre, os biólogos passaram a sugerir hipóteses para explicar a possível relação de parentesco entre os diversos grupos de seres vivos.
Diagramas em forma de árvore - elaborados com dados de anatomia e embriologia comparadas, além de informações derivadas do estudo de fósseis - mostraram a hipotética origem de grupos a partir de supostos ancestrais. Essas supostas "árvores genealógicas" ou "filogenéticas" (do grego,phylon = raça, tribo + génesis = fonte, origem, início) simbolizavam a história evolutiva dos grupos que eram comparados, além de sugerir uma provável época de origem para cada um deles. Como exemplo veja a figura abaixo.

O esquema representa uma provável "história evolutiva" dos vertebrados. Note que estão representados os grupos atuais - no topo do esquema - bem como os prováveis ancestrais. Perceba que o grupo das lampreias (considerados "peixes" sem mandíbula) é bem antigo (mais de 500 milhões de anos). Já cerca de 150 milhões de anos, provavelmente a partir de um grupo de dinossauros ancestrais. Note, ainda, que o parentesco existe entre aves e répteis é maior do que existe entre mamífero e répteis, e que os três grupos foram originados de um ancestral comum.
Atualmente com um maior número de informações sobre os grupos taxonômicos passaram-se a utilizar computadores para se gerar as árvores filogenéticas e os cladogramas para estabelecer as inúmeras relações entre os seres vivos.
Créditos:A Filogênese dos Seres Vivos" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 11/04/2024 às 14:01. Disponível na Internet em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioclassifidosseresvivos2.php
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