A Teoria da Evolução, proposta por Darwin e a sua complementação pela Genética a partir dos conceitos de evolução darwiniana e a síntese evolutiva moderna.

A Teoria da Evolução é um dos pilares fundamentais da Biologia moderna, proposta inicialmente por Charles Darwin e Alfred Russel Wallace. Ela sugere que as espécies de seres vivos evoluem ao longo do tempo através de um processo de seleção natural, onde os indivíduos mais adaptados ao seu ambiente têm maiores chances de sobreviver e reproduzir. Darwin, contudo, não tinha conhecimento dos mecanismos genéticos que permitiam a herança das características adquiridas. Foi Gregor Mendel, um monge austríaco, quem, através de seus experimentos com ervilhas, descobriu as leis básicas da hereditariedade, lançando as bases da Genética. As descobertas de Mendel permaneceram obscuras até o início do século XX, quando foram redescobertas e começaram a ser integradas à teoria da evolução, resultando na síntese evolutiva moderna.

Esta síntese moderna, também conhecida como neodarwinismo, combina a seleção natural com a genética mendeliana dentro de uma estrutura matemática que descreve a evolução como mudanças nas frequências dos genes nas populações ao longo do tempo. A síntese evolutiva moderna expandiu a teoria da evolução ao incorporar conhecimentos de diversas áreas, como a genética de populações, a citologia, a sistemática, a botânica e a paleontologia, unificando-as em uma compreensão mais abrangente da evolução biológica.

Os trabalhos de cientistas como Ronald Fisher, J.B.S. Haldane e Sewall Wright foram fundamentais para o desenvolvimento da genética de populações, que demonstrou como a seleção natural poderia operar com os mecanismos de herança mendeliana. A síntese moderna também abordou a relação entre macroevolução e microevolução, esclarecendo como eventos evolutivos em grande escala, como a formação de novas espécies, estão relacionados a processos que ocorrem dentro das populações, como a seleção natural e a deriva genética.

A síntese evolutiva moderna tem sido fundamental para o avanço da Biologia, inspirando pesquisas e desenvolvimentos em várias áreas. Por exemplo, o processo de especiação, que antes era frequentemente explicado em termos de macromutações ou por herança de caracteres adquiridos, passou a ser descrito com base na genética de populações. Além disso, a classificação biológica foi profundamente influenciada pela síntese moderna, com o conceito tipológico de espécie tornando-se inadequado sob a ótica do neodarwinismo.

Em resumo, a síntese evolutiva moderna não apenas complementou e expandiu a teoria da evolução de Darwin, mas também integrou a Genética, fornecendo um quadro teórico robusto que explica como as variações genéticas são selecionadas pelo ambiente e como isso leva à diversidade de formas de vida que observamos hoje. Este entendimento aprofundado da evolução continua a ser um campo de estudo vibrante e em constante evolução, refletindo a própria natureza do processo biológico que busca descrever.

Referência:
SANTOS, Cynthia.
"Genética - os precursores - As idéias de Mendel e Darwin"; Educação.Uol
Disponível em:
Acesso em: 07 de abril de 2024

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